
Brasília comemora aniversário com 50 horas de Hip Hop
ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA Grupos do DF se revesarão durante 50 horas no palco em comemoração aos 50 anos da Capital FederalPara celebrar o cinquentenário da capital federal, vários shows serão realizados durante o mês de abril. A grande novidade fica por conta do palco exclusivo para o hip hop, onde artistas da cidade se revesarão durante 50 horas e poderão mostrar a arte de todas as vertentes do movimento. Os shows e apresentações serão realizados na Funarte — Fundação Nacional das Artes.
Grandes nomes da cena candanga estarão presentes. Os toca-discos serão comandados pelos DJs Elyvio, Ocimar, TyDoZ, Junior Killa, Donna e Japa Girl. O rap será representado nas vozes dos grupos Retrato Falado, Atitude Positiva, Maverick, Comunicação Racial, Atitude Feminina, Voz sem Medo, Códico Penal, Tropa de Elite/, BellaDona, 3 um Só, Tribo da Periferia, Vadiosloucos, Pacificadores, Provérbio X, DinoBlack, Suburbanos, Arsenal do Gueto e DEF MCs. As crews BSB Girls e DF Zulu Breakers representarão a arte da dança do hip hop.
A coordenação do palco hip hop na festa de 50 anos de Brasília está sendo feita pela Griô Produções, que tece, a seguir, considerações a respeito do evento:
Brasília Outros 50 anos, nossa festa e nossa caminhada
"São cinqüenta anos de Plano Piloto. As cidades que compõem a capital vieram algumas pouco depois, outras muito depois; diariamente se multiplicam nossas periferias. Elas estão repletas de focos de resistência política e cultural. São trinta Regiões Administrativas, várias quebradas. Planaltina, por exemplo, tem 150 anos e antes era território do Goiás; por lá passou até a Coluna Prestes. A história de Brasília, a de Juscelino, a do sonho de Dom Bosco e de tantos outros pioneiros é contada diariamente. As nossas estão quase sempre na força de nossa oralidade, na energia das militâncias de luz e insistência, nas rádios comunitárias, blogs, mídias chamadas alternativas, becos, vielas, esquinas e malocas onde se encontram muitas personagens e fatos apagados pelo desenho do avião. Na maior parte das vezes estamos nos noticiários quando existe conflito, quando temos que comprovar com imagens de nossos corpos violentados o peso da falta de política pública para educação, saúde, cultura...
Muita coisa dói na revisão desses cinqüenta anos. Nós, das Regiões Administrativas e também do Entorno do Distrito Federal somos muitas e muitos e estivemos a maior parte do tempo à margem das decisões políticas, à margem de qualquer tipo de acesso.
Mas muita coisa nos orgulha. Temos construído muita força-tarefa para mudar o cenário triste. Neste momento existe um apelo que sai com muito carinho do coração de todas as pessoas que amam Brasília: queremos OUTROS 50. Nesses Outros 50 cabe a diversidade cultural que temos, muitas expectativas e esperanças, nossas militâncias, o acesso, o alimento, a democracia, a dignidade, novos paradigmas, novas redes, outras cenas.
Nossa festa será um grande presente para todos e todas que aqui estiverem. Cinqüenta horas de programação com música, teatro, artes digitais, artes visuais, cinema, literatura, circo, cultura popular e um palco hip hop com grandes expressões de todos os elementos no centro do poder. É com muito orgulho que apresentamos esta programação que começa no dia 20 de abril com excelentes shows, vários palcos funcionando simultaneamente com todas as linguagens. Mais de mil artistas se apresentarão em homenagem à capital. É muita gente envolvida na execução, cada detalhe é coletivo e um grande exercício...
Falemos de hip hop. No Distrito Federal a cultura hip hop chegou em meados de 1983, vinte e sete anos de vitórias. Atitude Feminina trouxe mais de uma vez o prêmio Hutuz. O grupo de break BSB-girls vem representando Brasília dentro e fora do país, assim como a DF Zulu, Black Spin, Quebra de Movimento... Aqui se viu nascer o Poeta do Rap Nacional. O primeiro DJ filho de maestro da história e grande produtor musical responsável por gravações memoráveis de muitas e muitos como a rainha Dina Di (que a luz esteja com ela sempre). O grupo que enche de orgulho e saudade os corações do Brasil todo: só de lembrar “Sub Raça é a puta que pariu”, vai dizer que cê não se arrepia? A primeira MC mestra em educação incluindo a linguagem hip hop nas escolas. Foi aqui também que se pensou e produziu a lendária série de vinis Arsenal Sônico (salve Tydoz). A cultura hip hop do DF destacou-se em todo o país por nossas peculiaridades, o jeito que a capital de cinqüenta anos agrega e assimila a cultura dos mais de quinhentos, seja qual for o estilo. Estamos falando de GOG, Celsão, Nino, Leandronick, DF Zulu, Jamaika, Rei, DEF MCs, Voz sem Medo, Black Spin, BSB-Girls, Câmbio Negro, Dj Raffa, TDZ, Código Penal, Cirurgia Moral, Vera Verônica, Nego Dé, Atitude Feminina, Falso Sitema, Magrellos, Satão, Borracha, Souto, Supla, Liberdade Condicional, Flora Matos, Vadios Loucos, Minas do Gueto, Tribo da Periferia, Provérbio X, Baseado nas Ruas, Dino Black, Japão, Thales, Rapadura, Dj Nelson Ramos, Marquinhos Smurphies, Hércules, Tropa de Elite, Comunicação Racial, tantos DJs, tantos MCs, tantos festivais, tantas festas (salve DaBomb), tantas histórias, definitivamente não dá pra citar todo mundo... Ah, é por isso também que queremos Brasília Outros 50, contar nossa versão é mais que urgente!
Além do palco hip hop outras ações serão realizadas durante o evento. É o caso da oficina de elaboração de projetos para o edital Prêmio Cultura Hip Hop, lançado pelo Ministério da Cultura em parceria com o Instituto Empreender e Ação Educativa. A proposta de instalação de uma rádio comunitária para o hip hop com apoio da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias dentro das festividades. Também durante o evento serão feitas ações do Sindicato dos Djs do DF que está sendo formado com a proposta de regulamentar a profissão, fazer ampla discussão sobre direitos autorais, ente outras importantes questões.
Cola com a gente nessa que tá garantido. Brasília outros 50 é onde a cultura hip hop da capital vai se encontrar em abril para o começo de uma temporada sem procedentes. Dias 21 e 22, na Funarte, das 14h da tarde às 5h da manhã - programação ininterrupta. Em alguns intervalos a presença da literatura periférica com o grupo Radicais Livres, de São Sebastião, vai agregar valor à nossa poesia. Se liga na programação que o encontro já tá marcado! Até já!"
Jaqueline Fernandes
Griô Produções
Coordenação Palco Hip Hop – Brasília Outros 50
ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA Grupos do DF se revesarão durante 50 horas no palco em comemoração aos 50 anos da Capital FederalPara celebrar o cinquentenário da capital federal, vários shows serão realizados durante o mês de abril. A grande novidade fica por conta do palco exclusivo para o hip hop, onde artistas da cidade se revesarão durante 50 horas e poderão mostrar a arte de todas as vertentes do movimento. Os shows e apresentações serão realizados na Funarte — Fundação Nacional das Artes.
Grandes nomes da cena candanga estarão presentes. Os toca-discos serão comandados pelos DJs Elyvio, Ocimar, TyDoZ, Junior Killa, Donna e Japa Girl. O rap será representado nas vozes dos grupos Retrato Falado, Atitude Positiva, Maverick, Comunicação Racial, Atitude Feminina, Voz sem Medo, Códico Penal, Tropa de Elite/, BellaDona, 3 um Só, Tribo da Periferia, Vadiosloucos, Pacificadores, Provérbio X, DinoBlack, Suburbanos, Arsenal do Gueto e DEF MCs. As crews BSB Girls e DF Zulu Breakers representarão a arte da dança do hip hop.
A coordenação do palco hip hop na festa de 50 anos de Brasília está sendo feita pela Griô Produções, que tece, a seguir, considerações a respeito do evento:
Brasília Outros 50 anos, nossa festa e nossa caminhada
"São cinqüenta anos de Plano Piloto. As cidades que compõem a capital vieram algumas pouco depois, outras muito depois; diariamente se multiplicam nossas periferias. Elas estão repletas de focos de resistência política e cultural. São trinta Regiões Administrativas, várias quebradas. Planaltina, por exemplo, tem 150 anos e antes era território do Goiás; por lá passou até a Coluna Prestes. A história de Brasília, a de Juscelino, a do sonho de Dom Bosco e de tantos outros pioneiros é contada diariamente. As nossas estão quase sempre na força de nossa oralidade, na energia das militâncias de luz e insistência, nas rádios comunitárias, blogs, mídias chamadas alternativas, becos, vielas, esquinas e malocas onde se encontram muitas personagens e fatos apagados pelo desenho do avião. Na maior parte das vezes estamos nos noticiários quando existe conflito, quando temos que comprovar com imagens de nossos corpos violentados o peso da falta de política pública para educação, saúde, cultura...
Muita coisa dói na revisão desses cinqüenta anos. Nós, das Regiões Administrativas e também do Entorno do Distrito Federal somos muitas e muitos e estivemos a maior parte do tempo à margem das decisões políticas, à margem de qualquer tipo de acesso.
Mas muita coisa nos orgulha. Temos construído muita força-tarefa para mudar o cenário triste. Neste momento existe um apelo que sai com muito carinho do coração de todas as pessoas que amam Brasília: queremos OUTROS 50. Nesses Outros 50 cabe a diversidade cultural que temos, muitas expectativas e esperanças, nossas militâncias, o acesso, o alimento, a democracia, a dignidade, novos paradigmas, novas redes, outras cenas.
Nossa festa será um grande presente para todos e todas que aqui estiverem. Cinqüenta horas de programação com música, teatro, artes digitais, artes visuais, cinema, literatura, circo, cultura popular e um palco hip hop com grandes expressões de todos os elementos no centro do poder. É com muito orgulho que apresentamos esta programação que começa no dia 20 de abril com excelentes shows, vários palcos funcionando simultaneamente com todas as linguagens. Mais de mil artistas se apresentarão em homenagem à capital. É muita gente envolvida na execução, cada detalhe é coletivo e um grande exercício...
Falemos de hip hop. No Distrito Federal a cultura hip hop chegou em meados de 1983, vinte e sete anos de vitórias. Atitude Feminina trouxe mais de uma vez o prêmio Hutuz. O grupo de break BSB-girls vem representando Brasília dentro e fora do país, assim como a DF Zulu, Black Spin, Quebra de Movimento... Aqui se viu nascer o Poeta do Rap Nacional. O primeiro DJ filho de maestro da história e grande produtor musical responsável por gravações memoráveis de muitas e muitos como a rainha Dina Di (que a luz esteja com ela sempre). O grupo que enche de orgulho e saudade os corações do Brasil todo: só de lembrar “Sub Raça é a puta que pariu”, vai dizer que cê não se arrepia? A primeira MC mestra em educação incluindo a linguagem hip hop nas escolas. Foi aqui também que se pensou e produziu a lendária série de vinis Arsenal Sônico (salve Tydoz). A cultura hip hop do DF destacou-se em todo o país por nossas peculiaridades, o jeito que a capital de cinqüenta anos agrega e assimila a cultura dos mais de quinhentos, seja qual for o estilo. Estamos falando de GOG, Celsão, Nino, Leandronick, DF Zulu, Jamaika, Rei, DEF MCs, Voz sem Medo, Black Spin, BSB-Girls, Câmbio Negro, Dj Raffa, TDZ, Código Penal, Cirurgia Moral, Vera Verônica, Nego Dé, Atitude Feminina, Falso Sitema, Magrellos, Satão, Borracha, Souto, Supla, Liberdade Condicional, Flora Matos, Vadios Loucos, Minas do Gueto, Tribo da Periferia, Provérbio X, Baseado nas Ruas, Dino Black, Japão, Thales, Rapadura, Dj Nelson Ramos, Marquinhos Smurphies, Hércules, Tropa de Elite, Comunicação Racial, tantos DJs, tantos MCs, tantos festivais, tantas festas (salve DaBomb), tantas histórias, definitivamente não dá pra citar todo mundo... Ah, é por isso também que queremos Brasília Outros 50, contar nossa versão é mais que urgente!
Além do palco hip hop outras ações serão realizadas durante o evento. É o caso da oficina de elaboração de projetos para o edital Prêmio Cultura Hip Hop, lançado pelo Ministério da Cultura em parceria com o Instituto Empreender e Ação Educativa. A proposta de instalação de uma rádio comunitária para o hip hop com apoio da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias dentro das festividades. Também durante o evento serão feitas ações do Sindicato dos Djs do DF que está sendo formado com a proposta de regulamentar a profissão, fazer ampla discussão sobre direitos autorais, ente outras importantes questões.
Cola com a gente nessa que tá garantido. Brasília outros 50 é onde a cultura hip hop da capital vai se encontrar em abril para o começo de uma temporada sem procedentes. Dias 21 e 22, na Funarte, das 14h da tarde às 5h da manhã - programação ininterrupta. Em alguns intervalos a presença da literatura periférica com o grupo Radicais Livres, de São Sebastião, vai agregar valor à nossa poesia. Se liga na programação que o encontro já tá marcado! Até já!"
Jaqueline Fernandes
Griô Produções
Coordenação Palco Hip Hop – Brasília Outros 50
Olá pessoal sou tiago, da igreja do evangelho quadrangular interior de SP... tenho um blog que fala de amizades e frases de reflexão... Vlw obrigado a tds
ResponderExcluirhttp://tjhottafrases.blogspot.com.br/