
Fex Bandoleiro lança novo disco
Quem sempre acompanhou o trabalho do mano Fex Bandollero, precisa conferir “VIDA NOVA”, o primeiro CD direcionado ao público evangélico após a sua conversão. Mudança de vida, transformação total, versos e rimas perfeitas, tudo isso num clima latino muito envolvente, marcam essa nova fase que segundo Bandollero é o melhor de sua vida. Entre um show e outro, com a agenda lotada de eventos até o final do ano, o rapper parou para falar com a imprensa, confiram a entrevista:
Fale um pouco sobre esse trabalho “VIDA NOVA”. O que ele representa na sua vida?
Esse meu novo trabalho é fruto da misericórdia pura de Deus. O Senhor me instrumentalizou de tal forma, que até eu mesmo me espanto com o resultado obtido. Glória a Ele. Esse disco representa o renovo de vida que só a palavra de Deus pode dar ao ser humano. É minha melhor fase musical também, porque é um disco direcionado inteiramente a quem me deu o dom de fazer o que faço. Esse renascimento é o que me move e me faz louvá-lo por onde for. A capa, assinada pelo designer Marcelo Rebello, da MR1 Black House, revoluciona no conceito, trazendo o requinte e sofisticação do design europeu para o mercado do Hip-Hop nacional, traduzindo em imagem toda esta renovação que é a tônica da obra.
Quais são as músicas de trabalho?
Inicialmente lancei um single da música “Encontrei”, com participação da Fabi Nazaret e do Kaliba. Teve grande repercussão, graças a Deus. Agora vou soltar mais um single do disco da faixa título “Vida Nova”. Essas duas músicas estão com os videoclipes sendo finalizados e logo mais serão disponibilizados a todos no meu canal e site. A avant première deles será no dia da festa de lançamento oficial do álbum, em 14 de Agosto.
Na primeira faixa tem uma introdução de um pastor. De onde ele é? Qual foi a idéia?
Sim. A introdução é do meu querido Pastor Joílson Félix, que é o pastor presidente da igreja Mintre (Ministério Interdenominacional para Evangelismo), em Guarulhos, na qual eu congrego há quase 4 anos e onde me converti. A idéia foi, justamente, trazer o tom do dia do meu batismo, dando assim a demonstração pública e espiritual do meu renascimento.
Houveram participações especiais nesse trabalho? Quais são?
Lito Atalaia, Rogério Serralheiro, Sérgio Saas, Riverson Viana, Renato Max, Pregador Luo, Jhour Bayron, Kaliba, Fábio Nazaret, Will Aquino, Fabi Nazaret, Thompson França, Erick12, Marrom, Eazy Kaos, Fhato, Don King, Man, Marcelo Gonçalves, Eliabe Nogueira, Felipe Romão, PR Nano, Sol Nogueira, Pr. Joílson Félix, Jhow Produz, Lorhann Almeida, Dj Max e Green Alien.
Você tem uma vasta experiência no secular. Porém esse é seu primeiro trabalho no gospel. Foi tranquilo rimar para o público evangélico?
Para mim é um grande desafio, pois além de todo o diferencial há também o que chamo de sabedoria musical e bom gosto apurado, no que diz respeito a esse público novo que me ouve. Não que não haja isso no secular, mas o público evangélico é muito mais ligado à música na essência. E, pelo que tenho visto e ouvido, estão se identificando muito com o som que faço, o que pra mim é muito gratificante.
O disco já chegou. Onde pode ser encontrado?
Já chegou sim, pra honra e glória do Senhor. Pode ser encontrado em várias lojas, tanto nas direcionadas ao público de rap como nas evangélicas e de disco em geral. Estou focando em ampliar bem a distribuição para que possa chegar em vários lugares. Também está disponível a compra através do meu site, tanto do Cd físico, como também há um link para venda virtual de MP3 de algumas faixas do disco e alguns True Tones por R$ 0,99, o que deixa meu trabalho em consonância com a nova realidade de forma legal e justa.
Que mensagem você deixa para as pessoas que ainda vão ouvir seu CD?
Espero que todos que ouçam meus louvores em forma de rap deixem suas mentes e corações abertos para receberem as mensagens de edificação e amor nelas contidas pois são provenientes não desse que vos fala, mas sim do Salvador que hoje habita meu coração e que me direciona a cada instante em tudo o que faço e digo. Deus abençoe grandemente a todos. A Paz e té+.
VIDA NOVA PARA UM POETA DE RUA
Foi no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, onde nasceu num lar bem humilde e modesto Fernando Luiz Corroul Lima, hoje Fex Bandollero. Mas foi num conjunto habitacional, perto da Conceição, onde passou a maior parte de sua infância e adolescência junto com sua mãe e uma irmã mais velha na casa de uma tia-avó. Dono de uma infância bem conturbada, cheia de episódios tristes, Fex aprendeu desde cedo que a vida não era fácil e que precisava cultivar a arte de sorrir cada vez que uma porta se fechava. Sofreu a separação dos pais motivada pelo uso de drogas do lado paterno. Aos 7 anos, o menino cheio de sonhos ainda tinha muito a aprender, diante de um mundo novo, cruel e estranho. Viu a mãe colocar o pai para fora de casa e recomeçar a vida aos 44 anos, para poder sustentar a família. Aos 11, foi à luta para ajudar em casa, porém, sem o conhecimento da mãe. Começou a trabalhar como entregador de lanches, depois, foi muitas coisas: feirante, office-boy e auxiliar de escritório, para não passar fome. Viveu muito tempo na rua com os amigos aprendendo a se virar, se safar e também a se afundar em encrencas de moleques. Na periferia, assistiu algumas histórias tristes e enterrou verdadeiros camaradas, porém, nunca se envolveu no crime. Foi usuário de drogas e algumas vezes chegou a apanhar de polícia, por brigas e confusões que se envolvia. Teria virado mais um número na estatística se não houvesse um plano celeste para sua vida.
A relação com a música aconteceu cedo, precisamente em 1987. Quando ouviu o disco “Cultura de Rua”, despertou de vez para as rimas e versos. Daí, não parou mais. Naquela época e nos demais anos ouvia Thaíde e DJ Hum, Mc Jack, Racionais MC´s, Filosofia de Rua, Sistema Negro, Câmbio Negro, Pavilhão 9, Gabriel O Pensador, Athaliba e a Firma, Potencial 3, Consciência Humana, entre outros.
No entanto, as próprias rimas foram concebidas na rua. Fazia uns beats com batuque e depois colocava letras com os amigos, numa grande brincadeira mas que no fundo levava a sério. Recorda: “Comecei a prestar atenção nos grupos que curtia e ia nos shows. Estudei o que eles faziam para tentar ser um deles. Aprendi cantando músicas dos que eu admirava e tentando fazer à mesma coisa. Muito treino e dedicação, tanto na escrita como na pronúncia de palavras. Sempre entendi que cantar Rap era declamar poesia com uma batida ao fundo. Era isso que eu queria fazer. Falar das coisas que vivia e via no mundo.”
Sendo assim em 1995, o rapper formava o seu primeiro grupo, chamado Pacto Mental, junto com Mad, Toninho e DJ Jura. A formação durou apenas 2 anos e Fex continuou a caminhada sozinho.
Em 1997, conheceu, na Galeria 24 de Maio, o DJ Paul do grupo RPW e foi daquele encontro que saiu do papel o primeiro som de Fex, chamado: “Enquanto a morte não vem”, no disco Pacto Mental – CD Single. No mesmo ano, ainda a convite de Paul, passou a integrar o grupo Cartel do Crime Organizado (C.C.O). Ele conta: “Foi uma experiência única. Conheci pessoas que são minhas amigas até hoje e comecei a enxergar o cenário do Rap nacional de dentro. Isso me deu bastante bagagem. Tive muitas frustrações e alegrias, que me fortaleceram nesse período. Fizemos muitas apresentações, inclusive num show no Canindé, pela liberdade do Timor Leste. Ficamos juntos por 4 anos.”
Daí em diante, muitos trabalhos e participações levaram o nome de Fex da periferia para todos os cantos do Brasil:
1999 – Participou dos discos “Da Rua… Para O Mundo” que era uma coletânea; “Versos Sangrentos”, do grupo Facção Central; “Remixes” do Filosofia de Rua e “Mantendo a Real” do Tribunal Mc’s. Nessa época viajava muito e ganhou muita experiência.
2000 – Foi à vez de “A Luta Continua (O Real Bate Cabeça)”, na faixa C.C.O do grupo RPW; “São Paulo Tem A Voz” e “Tráfico de Influências”, que eram coletâneas; e recebeu o convite que tanto esperava: foi convocado por Man e o Ugli para integrar o grupo Filosofia de Rua. Aquele foi um momento de grande realização para o rapper.
2001 – Fez parte dos discos “A Marcha Fúnebre Prossegue”, do Grupo “Facção Central” e gravou um Vinil Single chamado “As Histórias Continuam…”, do Filosofia de Rua.
Fora sua carreira musical, 2001 também foi o ano que Fex, depois de muita luta, se formou em Direito.
2002 – Teve o primeiro contato com o Rap Gospel, quando participou dos discos “Levanta e Anda”, de Lito Atalaia, “Deus Usa Os Loucos Pra Confundir Os Sábios” do grupo Eclesiastes – O Pregador e Gospel Rap Collection Volume 1″. No secular, gravou a Revista/CD Planeta Hip-Hop Volume 8.
2003 – Ficava pronto o trabalho “Reviravolta Máfia Volume 1″. Fex aparece nos discos “Seja Como Deus Quiser” do grupo Alvos da Lei, “Trezentos e Sessenta Graus de Destruição” de F.A.S. e “Você Não É Jesus” de Afro Rude.
2004 – Participa de “Didendaalma”, também de Afro Rude; “7Velas – Volume 1″ que é uma coletânea de Reggae; “+ Louco” do grupo Eclesiastes – O Pregador e “Mãos pro Alto” de Voz D’Assalto.
2005 – “O Alheio Chora Seu Dono” de Viela 17; “Conflito Eterno” do grupo De Frente pro Crime; “Minha Alma é uma Onda Sonora”, de “Eibe” e “2″ de “Magüerbes”. E os mixtapes “Slupmi – A Revolta dos Humildes” e “Rapevolusom Volume 1 – Sentados à Mesa com o Rei”.
2006 – Além de fazer o novo trabalho “Fex Bandollero – Ubem Miké & Umal Miké”, que retrata um momento de guerra espiritual na vida do rapper, esteve junto em participações especiais no CDs “7Velas – Volume 2″, “Arte & Ativismo” de Ragga Luke, “Suicídio” de Medrado & Idmon e “Rosa Vermelho Sangue a Cruz e o Aço” do grupo Corporação. E os mixtapes: “A Devastação”, “Rapevolusom Volume 2″, “Screwed Up Brasil Volume 1″, “A Copa É Nossa” de Cabal/Pro Hip-Hop e o “4º Guerreiro” organizada pelo Cuco.
2007 – Tudo muda, o rapper se rende aos pés do Criador e nasce nas águas do Evangelho, logo após ter lançado o álbum solo, “Ubem Miké & Umal Miké”, onde demonstrava claramente a fase de instabilidade espiritual. Teve uma experiência com Deus quando, certo dia, estava tomando banho, e sua mente foi varrida e ouviu uma voz nítida, dizendo: “ESCREVE PRA MIM”. Naquele momento, sentiu uma paz sem igual e foi tentar entender o que estava acontecendo, uma vez que sempre partia para o racional das coisas. São de Fex as palavras: “Procurei o crente mais próximo e encontrei o amigo Lito Atalaia, que me alertou sobre o que eu estava passando. Eu disse a ele que não era meu momento de ir até Deus. Que me estava “purificando” pra poder fazer isso. Então, ele me disse: “Se você está nesta busca sozinho, você não precisa de Deus!”. E essas palavras me demonstraram o quão vazio estava naquele momento. Achava que não estava passando por dificuldade alguma. Pelo contrário, me via numa fase ótima. Mas vi que estava realmente vazio. Depois desse primeiro contato, fiquei balançado e comecei a fazer prova da presença de Deus na minha vida. E Ele demonstrou que era comigo. Um dia, estava com uma dor no braço direito e não conseguia levantá-lo. Depois de quinze tentativas frustrantes e com muita dor, pensei: “Vejo esse povo de Deus falando ‘em nome de Jesus’ e seus problemas são sanados, vou fazer isso”. Mas, ao dizer isso, meu braço simplesmente parou de doer. Então, comecei a perceber que não estava mais só. Hoje não creio mais em coincidências. Não existe mais acaso em minha vida e louvo a Deus por isso.”
No mesmo ano, participou dos CDs “Javé Nissi – Disco 2″ de Lito Atalaia; “Verdade e Traumatismo” de Z’África Brasil; “Do Próprio Veneno” de Thug Black e “A Coisa Mais Preciosa” de Idmon Orpheus. Além dos mixtapes “Pau De Dá em Doido Volume 1″ que era uma coletânea; “Onde For” de “Gasper”; “Vem do Alto”; “Idéia Positiva Volume 1 e Volume 4″, todos os coletâneas. Recebeu também a pré-indicação na categoria “Melhor Videoclipe” no Prêmio Hútuz e foi indicado na categoria “Melhor Álbum de Rap” na premiação da Revista Dinamite.
2008 – Recebe o convite para participar do CD “Além do Padrão” do grupo Parábola e “Celebração” do grupo D’Cristo.
Nesse ano, Fex casou na igreja com Paula, com quem já tinha um casamento no civil e saiu definitivamente do grupo Filosofia de Rua, por existirem conflitos de idéias. Ainda no mesmo ano, foi novamente indicado na categoria “Melhor Álbum de Rap”, na premiação da Revista Dinamite.
2009 – Chega ao mercado o DVD “Reviravolta Máfia Apresenta: O Bando Reunido”. Sobre sua contínua atuação no secular, explica: “Quando me tornei evangélico, Deus colocou em meu coração que eu deveria fazer a diferença no meu convívio, no meio onde estava. E é isso que tenho feito nessa nova fase da minha vida, do meu trabalho e da minha música. Tudo o que eu fizer, independente de mercados e rótulos, é para honra e glória do meu Deus. Eu concilio desta forma. Desde 2003, junto com outros amigos, tenho uma posse de Rap que se chama “Reviravolta Máfia”. O nome pode chocar mas o termo “reviravolta” tem a ver com a busca de uma mudança no que vem sendo feito pelo Rap e o “Máfia”, ao contrário da criminalidade sugerida, representa a nossa união como uma família. Respeitamos-nos, corremos uns pelos outros e fazemos música juntos. Quando souberam da minha conversão, ao invés de me discriminarem, ficaram felizes pela minha vida. Romper o contato com eles seria pra mim não se importar com vidas, só porque elas não conhecem ainda a verdade. Sei que estando perto e dando bom testemunho, sou mais útil para o propósito de Deus do que me afastando. Já tenho conseguido algumas vitórias dentro deste direcionamento. Fora isso, tem a parte profissional também. Uns trabalham como bancários, por exemplo, e são levitas. Eu trabalho com Rap e também sou levita. Estou em paz, por isso fico tranqüilo em tratar dessa forma o assunto.”, conclui. Fex esteve presente esse ano nos trabalhos “Triunfando Sobre a Opressão” de Don King, “Cadê o Amor?” de MDC e “Lito Atalaia apresenta Dj Max nos Beatz.”
Para o futuro, Fex Bandollero já tem muitos planos, porém, o maior deles é servir a Deus com todo o talento que tem. Depois, pretende se dedicar à família e às suas duas filhas Laura (3) e Clara (5), além de terminar o novo CD “Vida Nova” que, segundo Fex, é o melhor trabalho que já idealizou. Produzido em parceria com o amigo Lito Atalaia e distribuído pela “MR1 Black House”, Bandollero explana: “Estamos todos empenhados neste trabalho, tem sido exaustivo mas muito compensador. O melhor trabalho que fiz até hoje. Não poderia deixar de ser assim. É um disco de louvor em forma de Rap. Digo isto porque, em sua totalidade, as músicas exaltam a grandiosidade e magnitude de Deus, glorificando-o. Venho falando da minha “Vida Nova”, por isso este é o título.”, finaliza.
O novo trabalho ainda conta com algumas participações especiais, entre eles: Lito Atalaia, Rogério Serralheiro (Templo Soul), Riverson Vianna e Renato Max (Raiz Coral), Jhour Bayron (o Júnior da dupla Júnior & Jezreel), Kaliba, Fabio Nazaret, Will Aquino, Fabiana Nazaret, Fhato, Don King, Man (Filosofia de Rua), Marcelo Gonçalves, Pr. Nano, Sol Nogueira, Pr. Joílson Felix, Presbítero Cris, Jhow Produz e Dj Max. A previsão é que chegue às lojas até o segundo semestre deste ano.
Com o Hip-Hop na veia, poesia na boca e Jesus no coração:
Som na caixa, com o microfone Fex Bandollero !
http://www.fexbandollero.com.br/
Quem sempre acompanhou o trabalho do mano Fex Bandollero, precisa conferir “VIDA NOVA”, o primeiro CD direcionado ao público evangélico após a sua conversão. Mudança de vida, transformação total, versos e rimas perfeitas, tudo isso num clima latino muito envolvente, marcam essa nova fase que segundo Bandollero é o melhor de sua vida. Entre um show e outro, com a agenda lotada de eventos até o final do ano, o rapper parou para falar com a imprensa, confiram a entrevista:
Fale um pouco sobre esse trabalho “VIDA NOVA”. O que ele representa na sua vida?
Esse meu novo trabalho é fruto da misericórdia pura de Deus. O Senhor me instrumentalizou de tal forma, que até eu mesmo me espanto com o resultado obtido. Glória a Ele. Esse disco representa o renovo de vida que só a palavra de Deus pode dar ao ser humano. É minha melhor fase musical também, porque é um disco direcionado inteiramente a quem me deu o dom de fazer o que faço. Esse renascimento é o que me move e me faz louvá-lo por onde for. A capa, assinada pelo designer Marcelo Rebello, da MR1 Black House, revoluciona no conceito, trazendo o requinte e sofisticação do design europeu para o mercado do Hip-Hop nacional, traduzindo em imagem toda esta renovação que é a tônica da obra.
Quais são as músicas de trabalho?
Inicialmente lancei um single da música “Encontrei”, com participação da Fabi Nazaret e do Kaliba. Teve grande repercussão, graças a Deus. Agora vou soltar mais um single do disco da faixa título “Vida Nova”. Essas duas músicas estão com os videoclipes sendo finalizados e logo mais serão disponibilizados a todos no meu canal e site. A avant première deles será no dia da festa de lançamento oficial do álbum, em 14 de Agosto.
Na primeira faixa tem uma introdução de um pastor. De onde ele é? Qual foi a idéia?
Sim. A introdução é do meu querido Pastor Joílson Félix, que é o pastor presidente da igreja Mintre (Ministério Interdenominacional para Evangelismo), em Guarulhos, na qual eu congrego há quase 4 anos e onde me converti. A idéia foi, justamente, trazer o tom do dia do meu batismo, dando assim a demonstração pública e espiritual do meu renascimento.
Houveram participações especiais nesse trabalho? Quais são?
Lito Atalaia, Rogério Serralheiro, Sérgio Saas, Riverson Viana, Renato Max, Pregador Luo, Jhour Bayron, Kaliba, Fábio Nazaret, Will Aquino, Fabi Nazaret, Thompson França, Erick12, Marrom, Eazy Kaos, Fhato, Don King, Man, Marcelo Gonçalves, Eliabe Nogueira, Felipe Romão, PR Nano, Sol Nogueira, Pr. Joílson Félix, Jhow Produz, Lorhann Almeida, Dj Max e Green Alien.
Você tem uma vasta experiência no secular. Porém esse é seu primeiro trabalho no gospel. Foi tranquilo rimar para o público evangélico?
Para mim é um grande desafio, pois além de todo o diferencial há também o que chamo de sabedoria musical e bom gosto apurado, no que diz respeito a esse público novo que me ouve. Não que não haja isso no secular, mas o público evangélico é muito mais ligado à música na essência. E, pelo que tenho visto e ouvido, estão se identificando muito com o som que faço, o que pra mim é muito gratificante.
O disco já chegou. Onde pode ser encontrado?
Já chegou sim, pra honra e glória do Senhor. Pode ser encontrado em várias lojas, tanto nas direcionadas ao público de rap como nas evangélicas e de disco em geral. Estou focando em ampliar bem a distribuição para que possa chegar em vários lugares. Também está disponível a compra através do meu site, tanto do Cd físico, como também há um link para venda virtual de MP3 de algumas faixas do disco e alguns True Tones por R$ 0,99, o que deixa meu trabalho em consonância com a nova realidade de forma legal e justa.
Que mensagem você deixa para as pessoas que ainda vão ouvir seu CD?
Espero que todos que ouçam meus louvores em forma de rap deixem suas mentes e corações abertos para receberem as mensagens de edificação e amor nelas contidas pois são provenientes não desse que vos fala, mas sim do Salvador que hoje habita meu coração e que me direciona a cada instante em tudo o que faço e digo. Deus abençoe grandemente a todos. A Paz e té+.
VIDA NOVA PARA UM POETA DE RUA
Foi no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, onde nasceu num lar bem humilde e modesto Fernando Luiz Corroul Lima, hoje Fex Bandollero. Mas foi num conjunto habitacional, perto da Conceição, onde passou a maior parte de sua infância e adolescência junto com sua mãe e uma irmã mais velha na casa de uma tia-avó. Dono de uma infância bem conturbada, cheia de episódios tristes, Fex aprendeu desde cedo que a vida não era fácil e que precisava cultivar a arte de sorrir cada vez que uma porta se fechava. Sofreu a separação dos pais motivada pelo uso de drogas do lado paterno. Aos 7 anos, o menino cheio de sonhos ainda tinha muito a aprender, diante de um mundo novo, cruel e estranho. Viu a mãe colocar o pai para fora de casa e recomeçar a vida aos 44 anos, para poder sustentar a família. Aos 11, foi à luta para ajudar em casa, porém, sem o conhecimento da mãe. Começou a trabalhar como entregador de lanches, depois, foi muitas coisas: feirante, office-boy e auxiliar de escritório, para não passar fome. Viveu muito tempo na rua com os amigos aprendendo a se virar, se safar e também a se afundar em encrencas de moleques. Na periferia, assistiu algumas histórias tristes e enterrou verdadeiros camaradas, porém, nunca se envolveu no crime. Foi usuário de drogas e algumas vezes chegou a apanhar de polícia, por brigas e confusões que se envolvia. Teria virado mais um número na estatística se não houvesse um plano celeste para sua vida.
A relação com a música aconteceu cedo, precisamente em 1987. Quando ouviu o disco “Cultura de Rua”, despertou de vez para as rimas e versos. Daí, não parou mais. Naquela época e nos demais anos ouvia Thaíde e DJ Hum, Mc Jack, Racionais MC´s, Filosofia de Rua, Sistema Negro, Câmbio Negro, Pavilhão 9, Gabriel O Pensador, Athaliba e a Firma, Potencial 3, Consciência Humana, entre outros.
No entanto, as próprias rimas foram concebidas na rua. Fazia uns beats com batuque e depois colocava letras com os amigos, numa grande brincadeira mas que no fundo levava a sério. Recorda: “Comecei a prestar atenção nos grupos que curtia e ia nos shows. Estudei o que eles faziam para tentar ser um deles. Aprendi cantando músicas dos que eu admirava e tentando fazer à mesma coisa. Muito treino e dedicação, tanto na escrita como na pronúncia de palavras. Sempre entendi que cantar Rap era declamar poesia com uma batida ao fundo. Era isso que eu queria fazer. Falar das coisas que vivia e via no mundo.”
Sendo assim em 1995, o rapper formava o seu primeiro grupo, chamado Pacto Mental, junto com Mad, Toninho e DJ Jura. A formação durou apenas 2 anos e Fex continuou a caminhada sozinho.
Em 1997, conheceu, na Galeria 24 de Maio, o DJ Paul do grupo RPW e foi daquele encontro que saiu do papel o primeiro som de Fex, chamado: “Enquanto a morte não vem”, no disco Pacto Mental – CD Single. No mesmo ano, ainda a convite de Paul, passou a integrar o grupo Cartel do Crime Organizado (C.C.O). Ele conta: “Foi uma experiência única. Conheci pessoas que são minhas amigas até hoje e comecei a enxergar o cenário do Rap nacional de dentro. Isso me deu bastante bagagem. Tive muitas frustrações e alegrias, que me fortaleceram nesse período. Fizemos muitas apresentações, inclusive num show no Canindé, pela liberdade do Timor Leste. Ficamos juntos por 4 anos.”
Daí em diante, muitos trabalhos e participações levaram o nome de Fex da periferia para todos os cantos do Brasil:
1999 – Participou dos discos “Da Rua… Para O Mundo” que era uma coletânea; “Versos Sangrentos”, do grupo Facção Central; “Remixes” do Filosofia de Rua e “Mantendo a Real” do Tribunal Mc’s. Nessa época viajava muito e ganhou muita experiência.
2000 – Foi à vez de “A Luta Continua (O Real Bate Cabeça)”, na faixa C.C.O do grupo RPW; “São Paulo Tem A Voz” e “Tráfico de Influências”, que eram coletâneas; e recebeu o convite que tanto esperava: foi convocado por Man e o Ugli para integrar o grupo Filosofia de Rua. Aquele foi um momento de grande realização para o rapper.
2001 – Fez parte dos discos “A Marcha Fúnebre Prossegue”, do Grupo “Facção Central” e gravou um Vinil Single chamado “As Histórias Continuam…”, do Filosofia de Rua.
Fora sua carreira musical, 2001 também foi o ano que Fex, depois de muita luta, se formou em Direito.
2002 – Teve o primeiro contato com o Rap Gospel, quando participou dos discos “Levanta e Anda”, de Lito Atalaia, “Deus Usa Os Loucos Pra Confundir Os Sábios” do grupo Eclesiastes – O Pregador e Gospel Rap Collection Volume 1″. No secular, gravou a Revista/CD Planeta Hip-Hop Volume 8.
2003 – Ficava pronto o trabalho “Reviravolta Máfia Volume 1″. Fex aparece nos discos “Seja Como Deus Quiser” do grupo Alvos da Lei, “Trezentos e Sessenta Graus de Destruição” de F.A.S. e “Você Não É Jesus” de Afro Rude.
2004 – Participa de “Didendaalma”, também de Afro Rude; “7Velas – Volume 1″ que é uma coletânea de Reggae; “+ Louco” do grupo Eclesiastes – O Pregador e “Mãos pro Alto” de Voz D’Assalto.
2005 – “O Alheio Chora Seu Dono” de Viela 17; “Conflito Eterno” do grupo De Frente pro Crime; “Minha Alma é uma Onda Sonora”, de “Eibe” e “2″ de “Magüerbes”. E os mixtapes “Slupmi – A Revolta dos Humildes” e “Rapevolusom Volume 1 – Sentados à Mesa com o Rei”.
2006 – Além de fazer o novo trabalho “Fex Bandollero – Ubem Miké & Umal Miké”, que retrata um momento de guerra espiritual na vida do rapper, esteve junto em participações especiais no CDs “7Velas – Volume 2″, “Arte & Ativismo” de Ragga Luke, “Suicídio” de Medrado & Idmon e “Rosa Vermelho Sangue a Cruz e o Aço” do grupo Corporação. E os mixtapes: “A Devastação”, “Rapevolusom Volume 2″, “Screwed Up Brasil Volume 1″, “A Copa É Nossa” de Cabal/Pro Hip-Hop e o “4º Guerreiro” organizada pelo Cuco.
2007 – Tudo muda, o rapper se rende aos pés do Criador e nasce nas águas do Evangelho, logo após ter lançado o álbum solo, “Ubem Miké & Umal Miké”, onde demonstrava claramente a fase de instabilidade espiritual. Teve uma experiência com Deus quando, certo dia, estava tomando banho, e sua mente foi varrida e ouviu uma voz nítida, dizendo: “ESCREVE PRA MIM”. Naquele momento, sentiu uma paz sem igual e foi tentar entender o que estava acontecendo, uma vez que sempre partia para o racional das coisas. São de Fex as palavras: “Procurei o crente mais próximo e encontrei o amigo Lito Atalaia, que me alertou sobre o que eu estava passando. Eu disse a ele que não era meu momento de ir até Deus. Que me estava “purificando” pra poder fazer isso. Então, ele me disse: “Se você está nesta busca sozinho, você não precisa de Deus!”. E essas palavras me demonstraram o quão vazio estava naquele momento. Achava que não estava passando por dificuldade alguma. Pelo contrário, me via numa fase ótima. Mas vi que estava realmente vazio. Depois desse primeiro contato, fiquei balançado e comecei a fazer prova da presença de Deus na minha vida. E Ele demonstrou que era comigo. Um dia, estava com uma dor no braço direito e não conseguia levantá-lo. Depois de quinze tentativas frustrantes e com muita dor, pensei: “Vejo esse povo de Deus falando ‘em nome de Jesus’ e seus problemas são sanados, vou fazer isso”. Mas, ao dizer isso, meu braço simplesmente parou de doer. Então, comecei a perceber que não estava mais só. Hoje não creio mais em coincidências. Não existe mais acaso em minha vida e louvo a Deus por isso.”
No mesmo ano, participou dos CDs “Javé Nissi – Disco 2″ de Lito Atalaia; “Verdade e Traumatismo” de Z’África Brasil; “Do Próprio Veneno” de Thug Black e “A Coisa Mais Preciosa” de Idmon Orpheus. Além dos mixtapes “Pau De Dá em Doido Volume 1″ que era uma coletânea; “Onde For” de “Gasper”; “Vem do Alto”; “Idéia Positiva Volume 1 e Volume 4″, todos os coletâneas. Recebeu também a pré-indicação na categoria “Melhor Videoclipe” no Prêmio Hútuz e foi indicado na categoria “Melhor Álbum de Rap” na premiação da Revista Dinamite.
2008 – Recebe o convite para participar do CD “Além do Padrão” do grupo Parábola e “Celebração” do grupo D’Cristo.
Nesse ano, Fex casou na igreja com Paula, com quem já tinha um casamento no civil e saiu definitivamente do grupo Filosofia de Rua, por existirem conflitos de idéias. Ainda no mesmo ano, foi novamente indicado na categoria “Melhor Álbum de Rap”, na premiação da Revista Dinamite.
2009 – Chega ao mercado o DVD “Reviravolta Máfia Apresenta: O Bando Reunido”. Sobre sua contínua atuação no secular, explica: “Quando me tornei evangélico, Deus colocou em meu coração que eu deveria fazer a diferença no meu convívio, no meio onde estava. E é isso que tenho feito nessa nova fase da minha vida, do meu trabalho e da minha música. Tudo o que eu fizer, independente de mercados e rótulos, é para honra e glória do meu Deus. Eu concilio desta forma. Desde 2003, junto com outros amigos, tenho uma posse de Rap que se chama “Reviravolta Máfia”. O nome pode chocar mas o termo “reviravolta” tem a ver com a busca de uma mudança no que vem sendo feito pelo Rap e o “Máfia”, ao contrário da criminalidade sugerida, representa a nossa união como uma família. Respeitamos-nos, corremos uns pelos outros e fazemos música juntos. Quando souberam da minha conversão, ao invés de me discriminarem, ficaram felizes pela minha vida. Romper o contato com eles seria pra mim não se importar com vidas, só porque elas não conhecem ainda a verdade. Sei que estando perto e dando bom testemunho, sou mais útil para o propósito de Deus do que me afastando. Já tenho conseguido algumas vitórias dentro deste direcionamento. Fora isso, tem a parte profissional também. Uns trabalham como bancários, por exemplo, e são levitas. Eu trabalho com Rap e também sou levita. Estou em paz, por isso fico tranqüilo em tratar dessa forma o assunto.”, conclui. Fex esteve presente esse ano nos trabalhos “Triunfando Sobre a Opressão” de Don King, “Cadê o Amor?” de MDC e “Lito Atalaia apresenta Dj Max nos Beatz.”
Para o futuro, Fex Bandollero já tem muitos planos, porém, o maior deles é servir a Deus com todo o talento que tem. Depois, pretende se dedicar à família e às suas duas filhas Laura (3) e Clara (5), além de terminar o novo CD “Vida Nova” que, segundo Fex, é o melhor trabalho que já idealizou. Produzido em parceria com o amigo Lito Atalaia e distribuído pela “MR1 Black House”, Bandollero explana: “Estamos todos empenhados neste trabalho, tem sido exaustivo mas muito compensador. O melhor trabalho que fiz até hoje. Não poderia deixar de ser assim. É um disco de louvor em forma de Rap. Digo isto porque, em sua totalidade, as músicas exaltam a grandiosidade e magnitude de Deus, glorificando-o. Venho falando da minha “Vida Nova”, por isso este é o título.”, finaliza.
O novo trabalho ainda conta com algumas participações especiais, entre eles: Lito Atalaia, Rogério Serralheiro (Templo Soul), Riverson Vianna e Renato Max (Raiz Coral), Jhour Bayron (o Júnior da dupla Júnior & Jezreel), Kaliba, Fabio Nazaret, Will Aquino, Fabiana Nazaret, Fhato, Don King, Man (Filosofia de Rua), Marcelo Gonçalves, Pr. Nano, Sol Nogueira, Pr. Joílson Felix, Presbítero Cris, Jhow Produz e Dj Max. A previsão é que chegue às lojas até o segundo semestre deste ano.
Com o Hip-Hop na veia, poesia na boca e Jesus no coração:
Som na caixa, com o microfone Fex Bandollero !
http://www.fexbandollero.com.br/
Fonte Portal Rap Nacional
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